Alexander Fleming, cientista que descobriu a penicilina num barril de Jerez, declarou que "se a penicilina cura os doentes, o Jerez os ressuscita".

O Jerez é um vinho único no mundo, produzido na região sul da Espanha, num triângulo formado pelas cidades de Jerez de la Frontera, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. Seu método singular de produção é uma de suas marcas registradas, onde se forma um véu, chamado de flor, sobre o vinho durante o envelhecimento em barricas, o que lhe confere um aroma e sabor muito característico.

Jerez possui grande diversidade de estilos (ligados geralmente aos processos de produção) e aqui daremos atenção ao estilo Cream, que tem uma produção complexa, o que dá toda a amplidão do vinho. O mosto de uvas Palomino destinado para o Solera 1847 vem da primeira prensagem para obter estrutura e corpo. As uvas Pedro Ximénez passam por uma prensagem forte semelhante à produção do azeite de oliva. Após envelhecer separadamente as duas variedades de uva são misturadas, e todo o processo é supervisionado pelo enólogo e master blender Antonio Flores.

Branco fortificado doce composto de Palomino Fino (75% ) e Pedro Ximénez (25%), com média de 8 anos de envelhecimento em botas de carvalho americano, no sistema de solera. Estruturado e untuoso, mostra notas de frutas secas (lembrando tâmaras e figos), florais e de especiarias doces, tudo amparado por acidez refrescante e textura cremosa. Tem final saboroso e persistente, com toques salinos, de avelãs e de melado.

Este sensacional fortificado, este Jerez Cream levou AD 91 pontos pela equipe da Revista ADEGA.