🍇 Ícone chileno em homenagem à Baronesa Philippine de Rothschild.

Nascida em 1933, Philippine era filha Ășnica do BarĂŁo Philippe de Rothschild, dono do Mouton Rothschild, talvez o mais icĂŽnico dos cinco premiers crus classĂ©s de Bordeaux. Estudou em um colĂ©gio interno na Inglaterra e depois, formou-se no ConservatĂłrio Nacional de Arte DramĂĄtica e tornou-se atriz na ComĂ©die-Française. PorĂ©m, no inĂ­cio da dĂ©cada de 1980, Philippine começou a trabalhar com o pai na Mouton Rothschild.

Com a morte do Barão, em 1988, quando, além do título de Baronesa, herdou o controle da holding Baron Philippe de Rothschild AS permacendo em seu controle até a sua própria morte, em agosto de 2014.

Philippine trabalhou ativamente para aumentar o legado que recebera. Entre suas principais contribuiçÔes podem ser citadas a consolidação da parceria, iniciada pelo pai, com os Mondavi, na Opus One, com a construção da cinematogrĂĄfica vinĂ­cola no coração do Napa Valley; a aquisição de uma grande propriedade no Languedoc, rebatizada como Domaine de Baronarques; o lançamento do Le Petit Mouton, segundo vinho do Mouton Rothschild, e de seu Ășnico branco, o Aile dÂŽArgent, com uvas dos vinhedos que ajudara a plantar; e a joint venture com a Concha y Toro, que resultou no lançamento do Ă­cone chileno Almaviva.

Com tudo isso, Philippine foi eternizada e homenageada pela familia atraves do vinho Baronesa P. Um blend de cinco castas, na melhor tradição bordalesa, o Baronesa P. nasceu na Escudo Rojo, braço chileno da prĂłpria Mouton Rothschild, empreendimento criado na mesma Ă©poca da joint venture com a Concha y Toro. Por sinal, Escudo Rojo nada mais Ă© do que a expressĂŁo em espanhol do emblema que remete ao nome da famĂ­lia: Rote Schild, “escudo vermelho” em alemĂŁo.

Esse Ă© o tinto mais ambicioso da casa e tambĂ©m uma homenagem Ă  Baronesa Philippine de Rothschild, alma desse grupo francĂȘs durante dĂ©cadas e que faleceu em 2014. Nessa safra, Ă© composto de 81% Cabernet Sauvignon, 5% Petit Verdot, 5% Cabernet Franc, 5% Syrah e 4% CarmĂ©nĂšre, com estĂĄgio de 15 meses em barricas de carvalho francĂȘs. ConsequĂȘncia de um ano mais quente, como foi o de 2020, esbanja frutas vermelhas e negras de perfil mais maduro, seguidas de tĂ­picas notas mentoladas, especiadas e florais, com sua Ăłtima acidez e seus taninos firmes e de grĂŁos finĂ­ssimos, conferindo fluidez e sustentação ao vinho. Preciso e refinado, tem final cheio e profundo, com toques de ameixas, de cassis, de violetas, de grafite e de alcaçuz.