Na Ribera del Duero, onde a Tempranillo alcança algumas de suas expressões mais profundas, o nome Peter Sisseck tornou-se sinônimo de excelência. Responsável por elevar o prestígio da região a patamares inéditos, Sisseck revolucionou a forma como o mundo vê essa variedade espanhola, com sua busca por autenticidade, equilíbrio e terroir.

Criador do icônico Pingus, ele defende uma abordagem precisa e sensível — baseada na agricultura biodinâmica, em vinhas velhas de baixa produção e no respeito absoluto ao tempo e ao solo. Em vez de buscar potência ou madeira, Sisseck busca pureza.

Para ele, a Tempranillo, quando cultivada com critério, entrega mais do que concentração: oferece textura, mineralidade, frescor e elegância, rompendo com a ideia de que os grandes vinhos devem ser exuberantes.

Sua influência é tamanha que hoje, muitos produtores da Ribera e de outras regiões da Espanha se inspiram em seus métodos. Ele devolveu à Tempranillo a identidade de uma uva que sabe falar — e falar bem — do lugar de onde vem.

Indiscutivelmente um dos maiores ícones do mundo do vinho, Pingus foi o primeiro vinho de Ribera del Duero a arrematar a nota máxima de 100 pontos de Robert Parker. A matéria-prima para a elaboração deste magnífico tinto vem de apenas quatro parcelas de vinhedos muito antigos, que totalizam somente 5 hectares cultivados com um rendimento microscópico de 11 hectolitros por hectare. Um vinho de garagem por excelência, apenas 6.500 garrafas do Pingus são produzidas e distribuídas para todo o mundo. Robert Parker o descreve como "perfeitamente harmonioso e preciso".

Unanimidade, este ícone recebeu 100pts por Robert Parker e James Suckling.