Apalta é o nome de uma região em forma de anfiteatro natural estreito e longo, encravado no Vale do Colchagua, de costas para o Oceano Pacífico, entre Santa Cruz e San Fernando. A área é imensamente diversa, em termos de exposição solar e tipos de solo (mais profundos, mais rasos, mais pedregosos ou mistos), o que possibilita aos enólogos e agrônomos explorarem uma variedade grande de uvas.

Considerado por muitos como o mais importante terroir para vinhos tintos do Chile, para alguns enólogos, Apalta tem muita similaridade com Hermitage, na França. Ambas as regiões possuem solo granítico com a mesma idade e composição química. Embora o clima das regiões seja bem diferente, ambas geram tintos compactos, densos, com acidez ampla e grande capacidade de envelhecimento.

Alexandra Marnier-Lapostolle e seu marido se apaixonaram pelo Vale do Colchagua em uma visita ao Chile no começo dos anos 90. Estavam em busca do terroir perfeito para a produção de grandes vinhos, seguindo o legado de sua família: Alexandra é bisneta e Louis Alexander Marnier – criador do licor Grand Marnier e fundador do Château de Sancessre no Vale do Loire.

Finalmente em 1994 a Vinícola Lapostolle foi fundada no Colchagua, contando com a validação técnica do consultor Michel Rolland para o local. As características geográficas e climáticas são perfeitas para a produção de vinhos premium seguindo a filosofia da família, que aplica as técnicas e experiências francesas neste local escolhido a dedo. Tanto que o lema da vinícola é “francês por essência, chileno por nascimento”.

O cultuado Clos Apalta é um verdadeiro mito, sem dúvida um dos melhores e mais premiados vinhos da América do Sul. Produzido apenas nos grandes anos, é poderoso e encorpado, combinando o fabuloso terroir de Apalta com rendimentos muito baixos e um sofisticado toque francês. Sua minúscula produção é disputada no mundo todo. Um ícone.

Recebeu 96 pts pelo Guia Descorchados e por Robert Parker, além de 99 pts por James Suckling.

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