Catarina Branco 2022
Revista Adega - AD 92 pts
Branco composto a partir de Fernão Pires, Arinto e Chardonnay, as duas primeiras sem passagem por madeira e a última com fermentação estágio de 5 meses em barricas novas de carvalho francês. Impressiona pela acidez vibrante e pela textura firme, que permeiam suas frutas cítricas e brancas de perfil mais fresco, conferindo fluidez e profundidade ao vinho. Gostoso de beber e de perfil gastronômico, tem final persistente, com toques de limão siciliano, de pêras, de pêssegos, de especiarias doces e de umami. Uma das melhores versões, senão a melhor, provada por ADEGA até o momento. Grata surpresa! Álcool 13%.
Degustado em 27/02/2024 por EM
Produtor: Bacalhôa
País: Portugal
Região: Península de Setúbal
Uva(s): Fernão Pires, Arinto e Chardonnay
Graduação Alcoólica: 13%
Amadurecimento: 5 meses em barricas novas de carvalho francês.
Bacalhôa
O grupo Bacalhôa Vinhos de Portugal é um gigante do vinho português. Possui um patrimônio impressionante: 40 propriedades em sete regiões vitivinícolas (Vinho Verde, Douro, Dão, Bairrada, Beiras, Alentejo e Península de Setúbal), de norte a sul de Portugal, totalizando 1.200 hectares de vinhas, um acervo de 40 diferentes tipos de castas e a posse de 15 mil barricas de carvalho. É, de fato, o “império Bacalhôa”, como definiu Rui Falcão, em um artigo publicado no jornal O Público. “É inquestionavelmente um produtor dinâmico e perspicaz, capaz de se aventurar na inovação e pesquisa sem dramatismos, sem no entanto descurar a manutenção dos rótulos clássicos do passado que as diversas marcas do grupo ostentam, mesmo que sujeitas a um rejuvenescimento constante”, escreveu o crítico português. Quem gosta e acompanha os vinhos portugueses, certamente, já conhece alguns dos rótulos sob a chancela da Bacalhôa Vinhos de Portugal. No seu portfólio brilham nomes de referência, tanto pela alta qualidade, como pelo seu papel histórico, como os tintos e brancos da Quinta do Carmo, no Alentejo
Portugal, um celeiro de castas
Portugal, de forma muito sábia, não se rendeu a tendências globais e não dizimou sua ampla gama de castas autóctones. É o país com o maior número de uvas nativas, as quais auxiliam na construção de estilos múltiplos de vinhos. Em muitos casos estão plantadas na mesma vinha, com décadas e décadas de vida. As centenas de uvas disponíveis tornam Portugal, com o próprio define, um mundo de diferenças e uma inesgotável fonte de bons vinhos.
