🍇 Grand Cru uruguaio
As primeiras videiras chegaram ao Uruguai por volta de 1850 na bagagem de imigrantes espanhóis e italianos que deixaram a Europa em busca de dias melhores na América. As videiras rapidamente se espalharam pelas planícies uruguaias, e ao longo do tempo a indústria de vinho se consolidou.
O Uruguai, “rio dos pássaros coloridos” no idioma guaraní, segundo o especialista em solos Alfredo Silva, possui mais de 90 tipos diferentes de solos, alguns entre os mais antigos do planeta, originários do supercontinente Pangea, semelhante aos encontradas na África do Sul e em Saint-Émilion. Esse é um terroir recém descoberto, e a Garzón é uma das pioneiras do verdadeiro potencial do Uruguai.
Tinto composto de 40% Tannat, 34% Cabernet Franc, 18% Petit Verdot, 5% Merlot e 3% Marselan, com fermentação espontânea (sem adição de leveduras) em tulipas de concreto de 80 hl e estágio de 20 meses em foudres de carvalho francês sem tosta de 25 e de 50 hl. Refinado e vertical, chama atenção pela fluidez do conjunto e pelo perfil menos potente e menos untuoso, se comparado aos anos anteriores. Aqui se percebe uma clara mudança de estilo, que começou sutilmente na safra 2016, se reafirmou na 2017 e se consolida nessa 2018, buscando menor extração, mais austeridade, menos exuberância e maior profundidade. Mostra todas as suas camadas de aromas e de sabores de modo sutil, compacto e preciso, mas sempre num contexto de firmeza e de tensão.
O Balasto 2018 recebeu AD 96 pontos pela Revista ADEGA, 97 pontos pelo Descorchados e 93 pontos pela Wine Spectator.