Is Solinas Carignano del Sulcis DOC Riserva 2014

PRODUTOR:
Argiolas
PAÍS:
Itália
REGIÃO:
Sardegna
SELLER:
Vinci
R$ 456,15
Um tinto exuberante, complexo e com o a energia dos vinhos da Sardegna.

SARDEGNA



A Sardegna, a 240 km da costa oeste da Itália continental, é a segunda maior ilha do Mar Mediterrâneo. A ilha pertenceu a vários impérios e reinos ao longo dos séculos. Isso se reflete em seus topônimos, arquitetura, idiomas e dialetos, e seu portfólio exclusivo de uvas. Na Sardegna, o vinho está muito menos arraigado cultural e historicamente lá do que nas regiões do continente, e a produção e o consumo de vinho em qualquer escala só se desenvolveram nos últimos séculos. Suas uvas também guardam pouca relação com o restante do território italiano. Suas regiões mais próximas – Toscana e Lazio – investem em Sangiovese, Montepulciano entre outras, as quais quase não são encontradas na ilha, onde predominam variedades de origem francesa e espanhola, exemplificadas por Grenache (Cannonau), Carignan (e suas variantes clonais distintas Bovale di Spagna e Bovale Grande) e Cabernet Sauvignon. Dentre as italianas, Malvasia e Vermentino estão presentes na produção. Torbato, Semidano, Niederra, Nuragus, Monica e Nasco são quase que exclusivas da ilha, sendo que as três últimas possuem seus próprios DOCs específicos de variedade, todos de Cagliari. Seus vinhos são, portanto, uma grande descoberta na imensidão italiana.

CARIGNAN



Carignan é uma uva do Mediterrâneo que está ganhando mais notoriedade com vinhos finos e elegantes da Espanha, França, Itália e Chile. Carignan é um nome emprestado do francês, mas, dependendo do seu país de origem, você pode conhecê-lo como Bovale di Spagna, Cariñena, Carinyena, Mazuelo, Samsó ou outro sinônimo. A variedade tem origem espanhola e se  expandiu no período pós-filoxera, pois, em referido contexto, sua pior característica – a superprodução – era bem vinda e sempre esteve muito presente especialmente em Languedoc e Roussilon. É conhecida por seus taninos, acidez e cor marcantes e por isso tem sido normalmente usado como um excelente parceiro de mistura para Grenache, que pode não ter essas qualidades. Geralmente exibe frutas negras, violetas e outros aromas florais, juntamente com notas de casca de laranja, alcaçuz preto e cacau. Na boca, os vinhos são muito encorpados com taninos que apresentam um aspecto fino e uma acidez marcante, além de excelente potencial de envelhecimento. Andrew Jefford assim define a Carignan: “Seus vinhos costumam ser escuros, pungentes, ácidos, ásperos. Por que me detenho nela? Por que, a exemplo das nuvens mais escuras de tempestade, tem um lado ensolarado de cuja existência poucos desconfiam.” Conheça mais sobre ela na Revista Adega.